domingo, 25 de dezembro de 2011

Musicoterapia - Bacharelado

É o uso de música e sons para a reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos. O musicoterapeuta pesquisa a relação do homem com os sons para criar métodos terapêuticos que visem a restabelecer o equilíbrio físico, psicológico e social do indivíduo. Ele utiliza instrumentos musicais, canto e ruídos para tratar portadores de distúrbios da fala e da audição ou com deficiência mental. Atua na área de reabilitação motora, no restabelecimento das funções de acidentados ou pessoas acometidas de derrames cerebrais. Auxilia estudantes com dificuldade de aprendizado e contribui para a melhoria da qualidade de vida de idosos e pacientes com aids e câncer, por exemplo. Também promove a reabilitação de dependentes químicos e a reintegração social de menores infratores. Pode trabalhar em hospitais, clínicas, empresas, instituições de reabilitação e centros de geriatria e gerontologia.

O mercado de trabalho

Por ser um profissional ainda pouco conhecido no mercado de trabalho, a tendência é que as oportunidades cresçam nos próximos anos, pois ele pode trabalhar tanto na área de saúde como de educação. Grande parte dos formados atua na área clínica, atendendo em consultório, muitas vezes em conjunto com outros profissionais do setor de saúde. Especialistas em reabilitação e prevenção encontram boas chances nas alas de pediatria, geriatria e oncologia de hospitais e clínicas, incluindo aquelas de atendimento a pacientes com necessidades especiais, além de ONGs. O setor de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e o setor de Neurologia da Unifesp trabalham com estagiários e mantêm profissionais dessa área em seu quadro de funcionários. A maternidade-escola da UFRJ conta com esses profissionais e também o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Nas escolas públicas e privadas, o formado é solicitado para auxiliar alunos com problemas de aprendizagem. "Há oportunidades em empresas, em equipes de recursos humanos para atuar em programas de integração e qualidade de vida. As empresas também o chamam para dar palestras e workshops a seus funcionários para ensinar como administrar o estresse", diz Raquel Siqueira da Silva, coordenadora do curso do CBM-CEU. Na área pedagógica, há demanda por docentes capacitados para ministrar disciplinas específicas em cursos de graduação e pós-graduação. Concursos públicos têm sido abertos para o musicoterapeuta, sobretudo no campo de saúde mental e nos Centros de Apoio Psicossocial (Caps), no âmbito municipal, estadual e federal. No Rio de Janeiro, 14 municípios já contam com musicoterapeutas em seu quadro. Além do Rio, as capitais de São Paulo, Goiás e Paraná são as mais promissoras. 


Salário inicial: R$ 80,00 (por sessão de 50 minutos, em consultório; fonte: profa. Maristela Smith, da FMU).

O curso

Não é preciso ter conhecimento formal de música para ingressar nesse bacharelado, mas é recomendado possuir intimidade com a linguagem musical. O currículo mescla disciplinas das áreas de música e neurociências e inclui o aprendizado de alguns instrumentos, que serão utilizados depois no atendimento aos pacientes. História da música, percepção musical, psicologia do desenvolvimento, fisiologia, anatomia e neuropsiquiatria são algumas das matérias. Nas específicas, o estudante conhece os fundamentos da musicoterapia e suas principais técnicas e processos. O estágio em clínicas, empresas, consultórios ou hospitais é obrigatório. As grandes universidades costumam ter clínicas e hospitais-escola, onde o bacharelando pratica o que aprendeu em teoria, prestando atendimento à comunidade. É exigida uma monografia para a conclusão do curso. 

Duração média: quatro anos. Outro nome: Mús. (musicoterapia).

O que você pode fazer

Clínica

Dar assistência a idosos, crianças com dificuldade de aprendizagem, portadores de doenças mentais e pacientes com problemas neurológicos e emocionais.

Psicoprofilaxia

Prevenir problemas emocionais em adultos, crianças, gestantes e idosos. Prestar serviços para empresas que mantenham programas de prevenção de estresse para os funcionários.

Reabilitação

Trabalhar na recuperação de pessoas com distúrbios mentais e deficiências físicas, dependentes químicos e menores abandonados.

Conheça a lei que determina a obrigatoriedade do ensino de música em todas as escolas do país até agosto de 2011

Especialistas indicam que o ensino de música nas escolas deve trabalhar a coordenação motora, o senso rítmico e melódico

O ano de 2011 é data limite para que toda escola pública e privada do Brasil inclua o ensino de música em sua grade curricular. A exigência surgiu com a lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina que a música deve ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica. "O objetivo não é formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos", diz a professora Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação). 

Nas escolas, a música não deve ser necessariamente uma disciplina exclusiva. Ela pode integrar o ensino de arte, por exemplo, como explica Clélia Craveiro: "Antigamente, música era uma disciplina. Hoje não. Ela é apenas uma das linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar ainda artes plásticas e cênicas. A ideia é trabalhar com uma equipe multidisciplinar e, nela, ter entre os profissionais o professor de música. Cada escola tem autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de acordo com seu projeto político-pedagógico". Apesar de ser uma boa iniciativa, o trabalho com equipes multidisciplinares para o ensino de música não tem acontecido de forma satisfatória nas instituições de ensino. "De qualquer maneira, trabalhar de forma interdisciplinar ou multidisciplinar em escolas de educação básica é uma tarefa complicada", afirma Clélia. 

É necessário prestar atenção se o seu filho está tendo aulas de música com uma equipe adequada ou mesmo se esse tipo de aula está sendo oferecida na escola dele, como diz a lei. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, só estão autorizados a lecionar na educação básica os professores com formação em nível superior, ou seja, profissionais que tenham cursado a licenciatura em Universidades e Institutos Superiores de Educação na área em que irão atuar. Portanto, os professores que devem ser responsáveis pelas aulas de música do seu filho são aqueles com formação superior em música. Fique atento.

Entenda mais detalhes dessa lei para que você possa compreender e exigir a aplicação dela na escola do seu filho.